Não tenho dinheiro, mas tenho amor

Ando exausta de conhecer pessoas que estão sempre atrás de quem dar mais...
Quem dá mais prazer?
Quem dá mais status?
Quem dá mais popularidade?
Quem dá mais aquilo que o dinheiro pode oferecer?

Vivemos tempos tão superficiais que não sabemos mais onde está o valor das pessoas, dos momentos, da singularidade da presença.

Passamos o dia olhando como a roupa de fulano é bonita e como ciclano conseguiu aquele carro, e aquela festa de ontem que você faria o que pudesse para ir e se mostrar por cima.
Dia em que eu desvio de um mendigo pra ajudar, mas posto foto no instagram e Facebook doando sangue.
Dia em que não dou “Bom dia” para meu vizinho, mas desejo salvar o mundo.
Dia em que reclamo quando alguém me julga pela minha aparência, mas sou o primeiro a apontar meu próximo e ridicularizar dele.

Não, eu não quero viver esses dias!
Não quero dias nublados em minha vida por minhas próprias escolhas, se um dia vier chover, quero ter a consciência limpa que essa chuva é para me fazer florescer e não matar quem sou.

E quem sou? 

Sou aquela que não consegue viver sem doar o que há mais de belo em mim: O amor. 

O amor que se mostra em paz nas palavras, em gratidão nas recompensas, em compaixão nas misérias, em graça na perdição, em sorriso na dor. 

Posso não ter nada nessa vida, muitos podem me olhar e me desprezar, mas e dai? O que me importa é saber o que carrego no peito, que muitas vezes mesmo ferido, não se recusa em ajudar, que mesmo entristecido, não desiste de sorrir, que mesmo tudo dando errado, continua acreditando na promessa: Não temas, confie em mim, vai ficar tudo bem. 

Não precisamos de dinheiro para amar, não precisamos de status para cuidar, não precisamos de popularidade para ajudar. Somos mais do que isso, valor não tem preço, não tem como etiquetar aquilo que é inestimável, não tem como medir aquilo que não tem medida. 

Cada coração que encontramos batendo é um mar de sonhos, um rio de esperanças, um oceano que pode transbordar amor. E o que você tem feito com cada batida que encontras? 

Tem renegado? Tem dado desculpas? Tem estado ocupado demais? 

Não podemos estar ocupados quando o assunto é amor. 

Um dia os discípulos de Jesus encontraram um paralitico que lhe pediram dinheiro, achando ele que essa era a única forma de receber ajuda, mas o mesmo foi surpreendido: 

E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.

E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.

E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.

- Atos 3:6-8 

Faço dessas palavras hoje o meu lema: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou: Amor.  

Com amor,

Shirley Costa