Desintoxicação sexual

Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!
Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus.
Fiquem certos disto: Jamais receberá uma parte no Reino de Cristo e de Deus qualquer pessoa que seja imoral, indecente ou cobiçosa (pois a cobiça é um tipo de idolatria).
- Efésios 5:1-5


A nossa cultura atual é regida por imoralidade e a pureza saiu de moda, a tal ponto que falar dela tornou-se vergonha para muitos e até mesmo entre cristãos. Estamos rodeados de piadas sujas, de palavras indecentes, de pensamentos vergonhosos e de atitudes que não tem distinção alguma de descrentes. Estamos altamente intoxicados e precisamos ser limpos mediante a Palavra do Senhor. 

Não existe limpeza sem conhecimento, precisamos aprender a maneira de Deus para nos relacionar neste mundo impuro. A pureza não saiu de moda, Deus NUNCA abriu mão dela para nós, precisamos encontrar aquilo que se perdeu em meio as circunstancias da vida. Não tenha medo de ser diferente, tenha medo de ser igual. 

SER PURO É SER VIRGEM? 

Quando a maioria de nós ouve a palavra pureza, nossas mentes automaticamente pensam em abstinência ou virgindade, mas pureza é bem maior que ambos. Uma pessoa pode ser virgem, mas ainda assim não ser pura. Uma pessoa pode ser casada e nunca ter tido um caso extraconjugal e ainda assim não ser pura. Por outro lado, uma pessoa pode ser pura mesmo tendo um passado de promiscuidade sexual. Pureza não se trata apenas de dizer não para o sexo antes do casamento. Pureza não se trata apenas de dizer sim para o sexo dentro do casamento. Pureza é dizer sim para a piedade.

A palavra grega para pureza usado no Novo Testamento é hagneia, que também pode ser traduzida como “vida sem pecado”. Apesar de olharmos para as palavras “sem pecado” e automaticamente nos excluímos de sermos puros por conta dos pecados em nosso passado, estamos nos esquecendo de que, como cristãos, nossa identidade se baseia naquilo que Cristo fez por nós. Quando Deus olha para nós, Ele não vê pecadores perversos e maus que Ele é forçado a amar porque não achou ninguém melhor. Ele nos vê como santos justos e irrepreensíveis por quem Ele voluntariamente morreu na cruz movido por um irresistível amor.

Note que toda vez que Paulo escreve suas cartas às igrejas do Novo Testamento, ele sempre se refere a seus destinatários como santos, não como pecadores. Mesmo à igreja de Corinto – uma das mais imorais, rebeldes e sexualmente promíscuas – Paulo se refere como santos por causa da identidade deles com Cristo: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Coríntios 1.2).

Como santos imaculados, a pureza é possível para todos nós. Como 1 João 1.9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. Quando submetemos nossa sexualidade a Cristo, confessamos a Deus e aos outros quando pecamos e proativamente lutamos contra o pecado todo dia, somos puros, independentemente do que fizemos em nosso passado. Por isso a pureza não é meramente definida a partir de atos sexuais, mas também pela fidelidade em buscar a Deus com nossas intenções e pensamentos do nosso coração.
— Hafeez Baoku

UMA TEOLOGIA DO SEXO

O que Deus criou primeiro: a fome ou a comida? Deus fez o homem ter fome e depois inventou o alimento para saciar a necessidade? Ou será que Deus primeiro inventou os alimentos e, em seguida, deu ao homem um apetite que o motivasse a buscar esse bom presente de Deus? Enquanto nós geralmente criamos uma necessidade para depois conseguir satisfazê-la, Deus tem um fim antes mesmo do início. Ele cria bons presentes e, só depois, cria uma necessidade para eles. Ele não cria uma necessidade para a qual não haja preenchimento. O tema deste capítulo é, simplesmente, sexo, e quero oferecer uma breve teologia do sexo e do desejo sexual. Quero ajudá-lo a ver por que Deus criou o sexo, por que ele criou o desejo sexual, e por que ele distribuiu o desejo sexual em medida desigual.

Deus nos dá o sexo porque ele tem um poder ímpar de conduzir um marido à sua esposa e uma mulher ao seu marido. Ele sabe disso porque ele inventou isso! Ele o fez de um modo que o sexo é muito mais do que a soma de suas partes. Poderíamos descrever o sexo apenas em termos de partes do corpo e hormônios, mas nunca chegaríamos nem perto de entender o que ele é. É como tentar descrever um bolo só em termos dos seus ingredientes – farinha, leite, ovos (ou, se fôssemos descrever a Ceia do Senhor, fazendo referência apenas a comer pão e beber vinho). 

Sexo vai muito além do aspecto meramente físico. Ao contrário, estende-se para o emocional e espiritual. É através da união sexual que duas pessoas são feitos uma só. É um mistério que só pode ser comparado, em termos de impacto, com a união de Deus ao seu povo, como somos enxertados nele.

Deus deu-nos algo extraordinariamente poderoso e foi sábio em colocar limites rigorosos sobre isso. Ele tem todo o direito de fazê-lo porque ele é quem criou o sexo e criou sua função. Sexo, então, é para ser compartilhado apenas entre um marido e sua esposa, e não pode ser estendido para outros, quer antes do casamento, quer durante o casamento (Mateus 5:27,28). O sexo não deve ser despertado até a hora certa (Cantares 8:4). Sexo é para ser praticado regularmente, durante um casamento (1 Coríntios 7:1-5). Tais limites não são destinados para inibir a liberdade, mas para aumentar a liberdade. Quando usamos este dom como Deus o quer, ganhamos grande alegria e liberdade nele. Quando utilizamos o dom de forma errada, acabamos sofrendo por tal abuso.

A finalidade do sexo, então, é fornecer um meio único através do qual o marido e sua esposa podem conhecer um ao outro, servir um ao outro, expressar vulnerabilidade, dar e receber.
Nenhuma outra área no casamento oferece tanto a ganhar e tanto a perder. Nenhuma outra área no casamento põe o casal tão junto.

Mesmo que seu sentido último não seja mais profundo do que o prazer e a satisfação mútua, o sexo é bom porque Deus é bom. Ele poderia facilmente ter decretado que o sexo fosse uma parte integrante de cada casamento e, em seguida, fazê-lo intrinsecamente desagradável. Ele não o fez. Ao contrário, ele fez o sexo quase transcendente no seu prazer. Em seu melhor, o sexo realmente transcende a maior parte dos outros prazeres da vida. Em sua singularidade, em sua alegria, em sua liberdade e vulnerabilidade. E nestas coisas, o sexo põe marido e mulher juntos em uma maneira única e inigualável. Quando você entende isso, você deve também compreender porque o sexo é para ser desfrutado apenas entre marido e mulher. 

Você compreende porque Deus proíbe o sexo pré-marital (fornicação), porque ele proíbe o sexo fora do casamento (adultério) e por que ele proíbe o sexo egoísta (masturbação). Todas estas coisas zombam da realidade. Todas estas coisas são abusar do bom presente de Deus.
- Tim Challies 

Caso queira aprender mais sobre o tema, estou disponibilizando o e-book "Desintoxicação sexual do Tim Challies" por e-mail, entre em contato comigo shirleycosta16@hotmail.com. 

Com amor e temor,
Shirley Costa 

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