Moça, tenha coragem para se casar!

"É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas".  Eclesiastes 4:9


Imagine a seguinte hipótese:

Em uma reunião familiar, alguém pergunta para o pai que acabou de entregar sua filha em casamento: “e sua filha, como está?”

De pronto ele responde: “está muito bem, casou-se com um médico e vive em uma casa linda e grande.”

É assim que reduzimos os casamentos. À posse, status, e o quanto “bem de vida” alguém é (ou ao menos parece ser).

Não queremos casar para viver de aluguel. Não queremos casar para andar de transporte público. Não queremos casar sem festa, buffet, vestido de noiva, fotógrafo, filmagem e lua de mel. E o pior de tudo: não queremos que as pessoas saibam e comentem que nossa vida não é tão boa como deveria ser. E então, até fingir o que não somos, vale.

Um adendo: não é errado desejar tais coisas. E se você tem condições, não é errado tê-las.

Novamente: o erro está em reduzir o casamento a tais coisas. E também em idolatrar os bens materiais.

Antes de médico, vendedor, engenheiro, estudante ou alguém que ainda está procurando um emprego, o homem que deseja se casar precisa ser um HOMEM DE DEUS.

Claro que, na formação de um homem de Deus, está incluso a capacidade de sustentar sua família. Mas todas as vezes que a bíblia fala de sustento, nunca é incluso luxo ou status.

“Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” 1 Timóteo 6:6-10

Quantas de nós, moças que irão se casar, responderiam de imediato: “ele é um homem de Deus, e trabalha honestamente” ante a pergunta “seu noivo é o que?” Ou será que ficaríamos sem jeito e envergonhadas ao dizer que ele vive modestamente e consequentemente, teremos uma vida modesta?

Particularmente, dou muito valor e estima quando vejo casais construindo as coisas do zero. Nem sempre há patrocínio da família e amigos. Mas o casal se une, e se esforça em erguer a casa e o relacionamento, junto a Deus, em harmonia, dependência e amor.

Quem teve a bênção de ter pais que dão de tudo para o casamento, festa, casa nova, móveis, amém. E quem tem família menos favorecida financeiramente (ou que não se importa em ajudar), e precisará começar do zero e com poucos recursos, amém também! A bênção também existe, e até mesmo provará que Deus sustenta todos os seus filhos, dando o necessário para nosso contentamento.

Eu participo de alguns grupos voltados para noivas no facebook. Há pessoas de diferentes crenças e de diferentes condições financeiras. Vejo a frustração de muitas, que publicam para milhares de participantes, que irão desistir do casamento porque as coisas nãos serão como querem. Ou seja, acaba que as "coisas" se tornam superior ao amor matrimonial, logo, a falta das "coisas" é o suficiente para que se desista.

Mas nós, cristãs, já sabemos que nem sempre nosso querer é o melhor. Será que estamos encarando o casamento aos moldes do que Deus quer?

“Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Marcos 10:6-9

Esses são os quesitos de Deus para que o casamento aconteça:
    ●  Homem = provedor, líder, sacerdote do lar, honrado, e todas as atribuições que a bíblia expressa.
    ●  Mulher = feminina, submissa, esforçada, graciosa, e todas as atribuições que a bíblia expressa.

Ambos, em posse da responsabilidade da vida de adultos, deixam a zona de conforto na casa dos pais, e se unem em Deus através do matrimônio.

É isso que devemos buscar no casamento.

Não deveríamos nos envergonhar de uma vida modesta, onde Deus provê o sustento através de nosso trabalho, e onde há a possibilidade de crescimento.

Não deveríamos nos acovardar perante a oportunidade de ajudar nosso futuro marido a crescer (desde que ele também busque isso e se enquadre naquilo que Deus exige).

A mulher virtuosa também trabalha e constrói. Seja dentro de um escritório, entre seus filhos, ou junto ao seu marido. Ela não come o pão da preguiça (Provérbios 31.27) em nenhuma área onde sua presença deve ser manifesta.

A educação de seus filhos não dependerá do buffet caríssimo, e do vestido de noiva de marca. Quando a crise do casamento chegar (e todos relacionamentos passam por crises), não será a viagem pro exterior que tiveram na lua de mel que trará a sabedoria necessária. Desfrutar de tais coisas é bom sim. Mas o indispensável é e sempre será aquilo que o dinheiro não compra.

É fato de que precisamos de homens corajosos. Mas a coragem também é uma virtude feminina. Oro a Deus para que isso seja formado em nós, e que nossas futuras famílias sejam reflexo do Eterno, e não do corruptível. Que seja forjado em nosso caráter a graciosidade e coragem! Amém!


Fernanda Araújo, Blog Donzela Reformada


Com fé e esperança, 
Lavínia da Hora.

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